segunda-feira, 26 de maio de 2014

TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E CRIATIVIDADE NA APRENDIZAGEM AO LONGO DA VIDA - Talkin Café no 18º Encontro Nacional de Formadores e Coaches da APG (Parte II)

Em cada mesa um tema. No final, para cada tema proposto, pediram-se as ideias que "saltavam à vista" na toalha. 
Com base nessas ideias, nas notas da relatora Marta Moura e no que foi sendo registado nas toalhas, podemos dizer o seguinte:

Sobre o Papel dos jogos na aprendizagem (GBL-Game-based learningSerious Games, Simulações, Projecto GREAT, Realidade aumentada)


Os jogos facilitam a aprendizagem, foi uma das frases deixadas na toalha. 


Também se consideraram os jogos como potenciadores de aprendizagens informais e assinala-se que promovem a auto-superação, a memorização e a socialização.

Salientou-se a importância da autonomia no jogo pois se ela não existir, pode não se conseguir que haja aprendizagem. Daí que a escolha do jogo a utilizar seja muito importante. 
A toalha dos Jogos

Considera-se também que o jogo promove a autonomia do formando, tornando o seu papel na aprendizagem mais activo.

Mas há preocupação em salientar que o divertimento no jogo não é um fim, e questiona-se de que forma se vão validar as aprendizagens através do jogos.

Interessante a chamada de atenção para que os jogos não têm que ser tecnológicos!

Nesta mesa introduz-se o tema da Gamificação.

Sobre Mecânicas de jogo e motivação – Gamificação


Nem toda a gente joga, foi uma preocupação deixada nesta mesa, mas também se salientou que é muito ajustado às novas gerações.

O jogo foi muito falado nesta mesa e foram aqui deixadas preocupações que não apareceram na mesa anterior. Por exemplo, que o jogo pelo jogo não alavanca os resultados e não promove aprendizagem, sendo que a gamificação corre o risco de ser vista como um jogo, apenas.

A toalha da Gamificação
Questionou-se a presença e chefias e seus colaboradores no mesmo jogo. Funciona? E se for usada como assessment? Ser este for positivo pode significar promoção, se for negativo pode significar despedimento,
Aparecem listados alguns obstáculos como: Possível preconceito de falta de seriedade, Exposição, Resistência às novas tecnologias

Chamou-se a atenção que deve haver um Plano B  para os que não “alinham”.

Mas houve também quem deixasse na toalha uma associação da gamificação ao envolvimento, entreajuda, companheirismo, auto-superação, motivação e a um desafio também para o formador e quem considere que diversifica os enquadramentos formativos.

Ficou a também a seguinte questão: Fácil implementação?

Percebe-se, quer no que foi dito, quer em muitas das ideias deixadas na toalha, que a gamificação é muito associada a tecnologia, a uma transformação de tudo num jogo e, talvez por isso, percebe-se algum receio existente de manipulação.

Sobre Aprendizagem à distância – que contributos para a aprendizagem ao longo da vida? (eLearning, MOOCs, Mobile Learning)


A toalha do e-learning

Acessível a todos, em qualquer momento, em qualquer lugar, "está lá", foram ideias, deixadas na toalha a propósito do e-learning.


Quanto aos MOOCs, perguntou-se através da toalha se eram o e-learning 2.0 e se aproximam os formandos, e respondeu-se que sim a ambas as interrogações. E considerou-se é real a co-construção de conhecimento nos MOOC e que contribuem para a democratização do conhecimento.

Na conversa de fecho chamou-se a atenção para que o e-learning continua a não fazer sentido para formação comportamental onde a interacção é muito importante.

Finalmente, importa assinalar que se sugeriu passar a chamar ao e-learning, v-learning, onde o “v” é de virtual e de vídeo, mas também de vivencial, pois as novas tecnologias podem permitir experimentar e interagir, ou seja vivenciar, quase como se tratasse de um ambiente real, sendo que o vídeo é o futuro.

Sobre Que lugar para a Aprendizagem Informal? (Contextos personalizados de aprendizagem ou PLEs - Personalised Learning Environments, Redes sociais, Blogs, Motores de busca, Wikis)

Na conversa de fecho uma ideia foi logo passada: Está tudo para fazer quanto à aprendizagem informal. 

A toalha da Aprendizagem Informal
Mas foram também passadas outras ideias:
Facilita [a aprendizagem] mas é necessário triar previamente – talvez por isto foi também referido que um aspecto importante é o que se prende com a credibilidade das fontes e consequentemente da informação a que se acede.É mais individual. Nos ambientes personalizados de aprendizagem há limites na partilha,

Considera-se ainda que o desafio, mais do que criar  mecanismos de bloqueio ou censura, é favorecer o sentido crítico.

Considerou-se também que a aprendizagem informal leva à democratização e pode permitir validação on-line, mas implica maior responsabilidade do indivíduo na sua aprendizagem e na escolha dos meios.
Mas se [com todos os meios à disposição] o acesso ao conhecimento está mais facilitado, a aprendizagem não está - informação não é aprendizagem. A aprendizagem necessita de sistematização, treino e oportunidades de aplicação, com a devida avaliação.

Considera-se também que é preciso haver uma tomada de consciência de que as pessoas sabem mais do que o seu CV formal.

E as empresas, não será que desvalorizam as aprendizagens informais?

As camadas de conhecimento desta toalha e o comentário logo a abrir a partilha final, levam-nos a dizer que foi talvez o tema que mais exigiu dos participantes e que com certeza merece ter destaque em próximas oportunidades de trabalho conjunto, como por exemplo num Talkin Café dedicado à aprendizagem informal.

Sobre Novos paradigmas? Formadores ou gestores do conhecimento? - A presença da tecnologia promove um novo paradigma de aprendizagem e um novo papel para o/a formador/a?



Desde o início do Talkin Café que ficou inscrito na toalha que a tecnologia é uma ferramenta e há quem chame a atenção para que há vida para além da tecnologia.

Mas foram vários os comentários no sentido de que é preciso dominar as TIs, é um “Must!” Mais ainda, registou-se que “É inevitável a adaptação a uma era digital que “faça acontecer”. 





O formador, esse, deve questionar, ter sentido crítico, é um autodidacta. 
E parece clara a necessidade, no momento actual, dos formadores mais velhos se adaptarem aos formandos que dominam e querem usar as tecnologias, mas há também a necessidade dos formadores mais novos se adaptarem a formandos que não dominam / não adoptaram as tecnologias!

A toalha do Papel do Formador
Também se alerta para que a relação formador – formado(s) já não é num único sentido, tem que ser biunívoca e fala-se de co-construção.

Finalmente: O Formador do Futuro é um facilitador/integrador que trabalha junto das pessoas e com as pessoas para a aprendizagem se transformar em resultados e alguém usou mesmo um post-it para assinalar que esta descrição corresponde a um coach!








Em jeito de conclusão, importa salientar que, de acordo com o feedback que nos foi sendo dado ao longo da tarde do Encontro, o Talkin Café teve um impacto grande e positivo nos participantes, a quem agradecemos desde já a participação empenhada e interessada. 

Mais uma vez pode constatar-se que este formato desenvolvido pela Teresa Louro, potencia a comunicação e a construção de aprendizagens. Foi muito gratificante ver tantos formadores e coaches a conversarem, a trocarem opiniões, a partilharem experiências!



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